segunda-feira, 29 de julho de 2013

Modernização da agricultura no Brasil

 Um bem para poucos

Iniciou-se no Brasil, na década de 50, o processo conhecido como "modernização do campo", que veio a aumentar consideravelmente na região Sul e Sudeste na década de 60, espalhando para o resto do país já na década de 1970. Com isso, o espaço agrário do Brasil, passou e vem passando por significativas mudanças ao longo dos anos.  Hoje, o Brasil se apresenta como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, e projeta-se de que alguns anos, esteja no topo da lista. 
Tal modernização alavancou a economia brasileira, e em contrapartida, elevou os índices dos impactos ambientais provocados pela produção agrícola em nosso território. São muitos os problemas provocados pela agricultura modernizada. 
Além de gerar impactos ambientais, através do uso de agrotóxicos, e o uso indevido dos recursos hídricos, geram desemprego no campo e consequente êxodo rural. 
A agricultura apresenta ainda o problema de ser excludente. Se por um lado aumenta-se os índices produtíveis possíveis através da modernização, tais excedentes são em sua maioria para suprir o mercado internacional, podendo se dizer que o Brasil é um país submisso ao mercado internacional. Enquanto isso, boa parte de sua população que deveria ter acesso a esses alimentos, carece, e se escancara a desigualdade social neste país. 
Tratando de impactos ambientais, os problemas são cada vez mais agravantes, pode-se citar muitos desses problemas: desmatamento, erosão, esgotamento da água, poluição atmosférica, perda da biodiversidade,  desertificação, entre muitos outros e nada é feito para cessar o esgotamento e degradação dos recursos naturais brasileiros, pelo contrário, há um severo aumento na necessidade de se intensificar tais produções, em prol do mercado internacional. 

Eduardo Galeano em seu livro "As veias abertas da América Latina", expõe uma fala do ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, onde ele diz: 

"Vocês já imaginaram um país incapaz de cultivar alimentos suficientes para prover sua população? Seria uma nação exposta a pressões internacionais. Seria uma nação vulnerável. Por isso, quando falamos de agricultura, estamos falando de uma questão de segurança nacional." 
Bush, em poucas vezes, esteve certo e ironicamente o Brasil se enquadra como uma nação vulnerável e exposta às pressões internacionais. Uma realidade presente, uma triste realidade. Vão-se a riqueza de recursos, fica a obscuridade de um país que se destrói e se deixa destruir aos poucos. De um lado a fartura, do outro a fome. 


A industrialização brasileira como tudo começou

A industrialização brasileira aconteceu principalmente a partir das políticas de Getúlio e Juscelino, pois nesse período houve grandes estímulos à indústria no Brasil.

 



Ilustração de uma máquina de costura do século XIX 
Ilustração de uma máquina de costura do século XIX


O desenvolvimento industrial brasileiro se deu lentamente e somente aconteceu após o rompimento de obstáculos e de medidas políticas, como nos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek, que foram imprescindíveis para que as indústrias se proliferassem no Brasil. Pois, os longos anos em que o território brasileiro foi colônia portuguesa, a economia se restringiu à prática da agricultura conhecida também como monocultura, isto é, o plantio de um único tipo de produto, como o açúcar.
A coroa portuguesa proibia a instalação do comércio manufatureiro no Brasil para justamente impedir o crescimento de sua colônia, para que ela continuasse somente fornecendo produtos agrícolas para o mercado externo. Porém, foi a partir do processo de independência do Brasil que iniciaram pequenas mudanças econômicas, principalmente, na metade do século XIX, com o desenvolvimento da economia cafeeira em que os altos lucros propiciaram investimentos em outras atividades econômicas, como a indústria.
Foi nesse cenário dos grandes lucros da economia cafeeira que surgiram empresários como Irineu Evangelista de Souza (o Barão de Mauá), preocupados com o desenvolvimento das estradas de ferro, das cidades e de toda infraestrutura necessária para o crescimento do país. Contudo, as primeiras indústrias foram surgindo de maneira paulatina, no final do século XIX e início do XX, elas representavam ainda uma baixa participação na economia nacional.
Mediante a isso, o Brasil importava praticamente todos os produtos industrializados, pois suas indústrias não haviam desenvolvido o suficiente. A Europa, como a região do globo que mais se industrializava, não queria o desenvolvimento industrial brasileiro, pois perderia mercado consumidor. O Brasil, portanto, dependeu exclusivamente da economia agrícola até a metade do século XX e, por isso, enfrentou sérios problemas econômicos e políticos.
A crise de 1929 foi um exemplo da fragilidade da economia brasileira e também um aviso de que o país necessitava diversificar sua produção. Foi com a entrada de Getúlio Vargas em 1930 que o processo de industrialização tornou-se o eixo norteador das discussões e medidas políticas. Foi também na Era Vargas que importantes medidas aconteceram para o desenvolvimento industrial brasileiro.
Um exemplo da política varguista foi a construção da Usina de Volta Redonda no Rio de Janeiro para o fornecimento de energia elétrica para as indústrias e para o país, como também as construções da Companhia Vale do Rio Doce, destinadas à exploração do minério de ferro em Minas Gerais, e da Petrobrás em 1953, que contribuíram bastante para o aceleramento do crescimento industrial.  Além disso, Vargas criou as leis trabalhistas preparando o país para a organização no crescimento das indústrias, como foi o caso da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
O crescimento industrial ganhou maior dimensão a partir do governo de Juscelino Kubistchek (1956 – 1961) com a criação de medidas alfandegárias para a vinda de empresas internacionais para o Brasil. Esse período foi conhecido pelo seu otimismo no que tange ao crescimento da economia brasileira em que medidas como o Plano de Metas incentivaram a produção industrial.
Essa política do JK para estimular o crescimento industrial ficou conhecida como nacional-desenvolvimentista, ela concentrava suas atenções em investimentos na área de energia e de transportes. Para isso, JK utilizou o capital estrangeiro permitindo a entrada de empresas multinacionais para o Brasil, como a montadora de automóveis, Volkswagen.
Destarte, foram com essas medidas políticas do governo de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubistchek que a industrialização brasileira adquiriu vida própria e obteve um crescimento vertiginoso, principalmente nos últimos anos do século XX e início do século XXI.

Por Fabrício Santos
Graduado em História

http://www.brasilescola.com/historiab/industrializacao-brasileira.htm

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Testes de aptidão Profissional

Caros estudantes antes de escolherem as profissões que vão seguir e prestar vestibular, sugiro que façam um teste de aptidão profissional para ver suas afinidades.
Segue a seguir dois sites que podem fazer o teste online:

http://www.guiadacarreira.com.br/teste-aptidao-profissional/
Que Deus abençoe sua escolha!!